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Janeiro Branco: A Conexão Entre Saúde Mental, Saúde Bucal e a Odontologia do Estilo de Vida

  • 13 de jan.
  • 4 min de leitura

Feliz ano novo!!! Seja bem vindo a mais uma postagem do meu blog :)


O mês de janeiro marca o início de um novo ciclo, trazendo consigo reflexões sobre metas, autocuidado e bem-estar, não é mesmo?

Dentro desse contexto, surge a campanha "Janeiro Branco", que busca conscientizar sobre a importância da saúde mental. Embora à primeira vista a relação entre saúde mental e saúde bucal possa não parecer evidente, ela é profunda e merece nossa atenção. Vamos ver abaixo alguns tópicos?


Saúde Mental e Seu Impacto na Saúde Bucal


A saúde mental é um pilar essencial do bem-estar geral.

Condições como ansiedade, depressão e estresse crônico têm repercussões diretas e indiretas na saúde bucal. Algumas dessas implicações incluem:


  1. Negligência na Higiene Bucal: Pessoas em sofrimento emocional muitas vezes negligenciam hábitos de autocuidado, incluindo a higiene oral. Vi isso de perto na minha vivência clínica. Pode ser um dos primeiros sinais.


  2. Bruxismo e Desgaste Dental: O estresse está associado ao bruxismo, condição que causa desgaste dental e dores na região mandibular. Além do hábito de ranger os dentes à noite ( bruxismo), as pessoas em situação de stress podem também realizar apertamento dental durante o dia, o que agrava ainda mais o quadro, podendo ocasionar fraturas dentais.


  3. Xerostomia (Boca Seca): O aumento do consumo de medicamentos psiquiátricos, especialmente ansiolíticos, que cresceu significativamente no período pós pandemia, tem como efeito colateral a redução do fluxo salivar. Isso não só aumenta o risco de cáries e doenças gengivais, mas também impacta o conforto do paciente. Numa visão mais profunda, escolhas de tratamento odontológico devem levar em consideração a saliva do paciente. Reflita muito sobre isso antes de propor qualquer intervenção.


  4. Escolhas Alimentares e o pH Bucal: Alterações no bem-estar mental também podem levar a escolhas alimentares menos saudáveis, como o consumo excessivo de alimentos ácidos ou ricos em açúcar. Essas escolhas podem desequilibrar o pH do meio bucal, contribuindo para o envelhecimento precoce da boca (SEPB) e aumentando o risco de erosão dental e lesões de cárie, num verdadeiro quadro crônico e progressivo de deterioração do estado de saúde bucal.


    Envelhecimento Bucal e a População Idosa

    A população idosa é especialmente vulnerável aos impactos da saúde mental na saúde bucal. Muitos idosos enfrentam situações de isolamento social, aumento do consumo de medicamentos e dificuldade no acesso a cuidados regulares de saúde, especialmente quando não possuem mais autonomia e são dependentes para as atividades da vida diária. Esses fatores contribuem para condições como:


    • Perda da capacidade funcional oral: A negligência na higiene bucal pode levar a infecções e perda dentária.


    • Maior propensão ao desgaste dental : A combinação de dieta ácida, menor fluxo salivar e autocuidado reduzido acelera o envelhecimento e desgaste dental.


    • Impacto psicossocial: Problemas bucais podem afetar a autoestima, a fala e a alimentação, reduzindo a qualidade de vida, de forma drástica, em alguns casos.


O Papel da Odontologia do Estilo de Vida

Tema muito em alta na atualidade, que vem na mesma vida na Medicina, a odontologia do estilo de vida é uma abordagem holística que integra a saúde bucal ao contexto mais amplo da saúde geral. Nesse modelo, o dentista não apenas trata doenças, mas também promove prevenção e mudanças comportamentais para melhorar a qualidade de vida do paciente.


No contexto da saúde mental, essa abordagem pode incluir:

  • Educação e Sensibilização: Informar os pacientes sobre como o estresse e a saúde emocional afetam a saúde bucal. Ser um promotor de saúde de seus pacientes.


  • Promoção de Hábitos Saudáveis: Incentivar a adoção de rotinas diárias que beneficiem tanto a mente quanto o corpo, como a meditação e o autocuidado. Não podemos ser prescritores de medicações e /ou terapias, mas podemos aconselhar e estabelecer parcerias para fazer o paciente navegar numa rede de profissionais essenciais para um cuidado integral. Veja o detalhamento no próximo tópico.


  • Parcerias Interdisciplinares: Trabalhar em conjunto com psicólogos, psiquiatras e outros profissionais para oferecer um cuidado integrado e mostrar para seu paciente o quanto você entrega de valor, e como a Odontologia não pode e ne, deve ser abordada de forma isolada, sem conexão com a saúde sistêmica, com o contexto e momento de vida do paciente, A isso damos o nome de cuidado centrado na pessoa. Lindo, né?


Reflexões para o Janeiro Branco:


O Janeiro Branco nos lembra que cuidar da mente é cuidar do corpo, e isso inclui a saúde bucal. Toda boca tem um corpo, lembram do nosso mantra?

Profissionais da odontologia têm a oportunidade de desempenhar um papel ativo nessa campanha, sensibilizando seus pacientes sobre a interconexão entre saúde mental e bucal e promovendo uma odontologia mais humana, preventiva e focada no bem-estar integral. Atenção á pequenos sinais em boca que podem ser valiosos para que você ajude seu paciente a buscar ajuda em estágios ainda mais iniciais de alguma possível alteração d sua saúde mental.


Aproveitemos este mês para trazer à tona conversas necessárias, estimulando a busca por equilíbrio, saúde e qualidade de vida.


A Odontologia é linda demais, não é mesmo? Percebem como ela está em toda parte?


Gostaram do blog de hoje ?


Nos vemos por aí.


Obrigada,


Isabela Castro



 

 

 
 
 

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